
A Betshield oferece uma solução tecnológica completa para promover o Jogo Responsável, com monitoramento em tempo real do comportamento dos apostadores em múltiplas plataformas. A plataforma está em conformidade com a Portaria 1.231/2024 e com a LGPD, garantindo segurança e privacidade dos dados.
Entre suas iniciativas, destaca-se o Pausebet.com.br, central de autoexclusão que permite aos usuários se afastarem voluntariamente das apostas. Além disso, a Betshield concede um selo de certificação que reconhece operadoras comprometidas com a integridade e segurança do setor.
Games Magazine Brasil - Como surgiu a ideia de criar a Betshield? O que te motivou a empreender no segmento de Jogo Responsável?
Thiago Iusim - Atuei por muitos anos na construção de grandes marcas em mercados regulados como tabaco e álcool, além de trabalhar com tecnologia e dados em consultorias. Ao estudar o mercado de apostas e entender os desafios do Jogo Responsável, percebi que a solução precisava ir muito além da comunicação.
Era necessário criar ferramentas tecnológicas capazes de identificar riscos de forma preditiva, independente e multioperador. Apostadores têm múltiplas contas ativas e circulam entre operadores guiados por disponibilidade de saldo, odds e incentivos autorizados. O risco não é local, ele se espalha pelo ecossistema, e a gestão de risco precisa refletir essa realidade.
Qual foi o maior desafio que você enfrentou na criação da Betshield e como conseguiu superá-lo?
Transformar um conceito inovador em realidade e ter esse conceito reconhecido e valorizado pelo mercado. Ainda ouvimos de poucos operadores que eles já têm suas próprias ferramentas de monitoramento e proteção do apostador.
O que propomos não é substituir, mas complementar essas soluções internas com uma camada que nenhuma ferramenta individual consegue oferecer: um monitoramento comportamental independente e multioperador.
Como funcionam, na prática, as soluções de monitoramento e autoexclusão da Betshield? Qual tem sido a receptividade das operadoras?
O PcIM (Predictive, Cross-Operator, Independent Monitoring) analisa o comportamento dos apostadores em tempo real, detecta padrões de risco e envia alertas para que os operadores atuem de acordo com suas próprias políticas.
Já o Pausebet é um hub centralizado de autoexclusão, pronto para ser adotado por qualquer jurisdição regulada. A recepção tem sido excelente, pois há uma demanda crescente por melhores práticas e soluções que fortalecem o jogo responsável, aumentam a retenção, o LTV e melhoram o retorno sobre investimento.
Como a Betshield garante a proteção de dados dos usuários, especialmente com a entrada em vigor da LGPD?
Seguimos rigorosamente LGPD, GDPR e os mais altos padrões internacionais, utilizamos processos de anonimização, criptografia e governança da informação, garantindo que nenhum dado sensível circule entre operadores.
Nosso sócio e Chief Data Officer veio da maior cervejaria do mundo, um mercado altamente regulado e comprometido com as melhores práticas na captação, tratamento e ativação de dados. Aplicamos os mesmos padrões de segurança adotados pelas maiores empresas globais.
Como a Betshield se posiciona diante das novas exigências de responsabilidade social da regulamentação brasileira?
Estamos 100% aderentes à Portaria 1.231/24, mas buscamos ir além da norma. Nossa tecnologia eleva o padrão de proteção ao jogador, fortalece a reputação das operadoras e minimiza riscos regulatórios.
O mercado brasileiro está preparado para adotar uma cultura sólida de Jogo Responsável? O que ainda falta?
Estamos no início da jornada. Com poucos meses de regulação, o mercado ainda está se ajustando, mas vemos um forte compromisso das operadoras em construir uma cultura moderna e duradoura de responsabilidade. Nosso papel é acelerar essa evolução com tecnologia e inovação.
O selo de certificação da Betshield tem sido bem aceito pelas operadoras? Ele pode ser um diferencial competitivo?
Sem dúvida. Nossa certificação mostra ao público e ao regulador que a operadora vai além do exigido. Em um mercado onde os bônus de entrada foram proibidos, a percepção de responsabilidade e a força da marca tornaram-se diferenciais estratégicos que podem ditar grandes mudanças no setor.
A Betshield utiliza tecnologia própria? Qual o papel da inovação nos produtos oferecidos?
Sim. Toda nossa tecnologia é proprietária e desenvolvida internamente por um time especializado em engenharia de software, ciência de dados e matemática aplicada.
A inovação está no centro do que fazemos: big data, machine learning e inteligência artificial tornam nossas soluções robustas, eficientes, de fácil integração e sem atrito para o apostador.
Há planos de expandir além do Brasil? Outros países estão no radar?
Sim. Nossa arquitetura modular e escalável permite operação em qualquer jurisdição regulada. Já estamos em diálogos com operadores e reguladores em outros mercados internacionais.
Como você imagina o futuro do setor de apostas no Brasil nos próximos cinco anos, especialmente quanto à proteção dos apostadores?
Vejo um mercado mais maduro, transparente e sustentável. Operadores estarão mais preparados, ferramentas mais consolidadas e uma cultura de responsabilidade fortalecida. O futuro será baseado em inovação, confiança e compromisso com o apostador.
Que mensagem você deixaria para as operadoras que ainda não incorporaram práticas efetivas de jogo responsável?
O Jogo Responsável não pode ser visto como um centro de custo, ele é um investimento estratégico. Precisa ir além do compliance e ser tratado como ferramenta de marketing que fortalece marcas, diferencia operadoras e traz retorno financeiro.
Criamos a Betshield com uma missão clara: impulsionar a evolução do setor global de iGaming por meio da inovação.
Fonte: Exclusivo GMB