
O mercado de iGaming no Brasil está ando por uma transformação significativa. Com a entrada em vigor da Lei nº 14.790/2023 em 1º de janeiro de 2025, o país estabeleceu um marco regulatório robusto para apostas de quota fixa, abrangendo tanto eventos esportivos quanto jogos online. Essa regulamentação trouxe clareza e segurança jurídica, mas também impôs desafios técnicos e operacionais que exigem preparação e agilidade por parte dos operadores.
O novo cenário regulatório
A Lei nº 14.790/2023 estabelece que apenas operadores licenciados podem oferecer serviços de apostas online no Brasil. Além disso, impõe uma carga tributária de 12% sobre a receita bruta dos jogos (GGR) e exige conformidade com diversas obrigações, como:
* Implementação de sistemas de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
* Adoção de práticas de Jogo Responsável.
* Garantia de segurança e integridade das plataformas.
* Transparência nas operações e relatórios periódicos à Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).
Essas exigências visam proteger os consumidores e assegurar a integridade do mercado, mas também demandam que os operadores estejam tecnicamente preparados para atender a esses requisitos desde o início de suas operações.
A urgência da preparação técnica
O tempo é um fator crítico no atual cenário brasileiro de iGaming. Dados da Comscore indicam que o Brasil é o terceiro país que mais consome sites de apostas no mundo, com 42,5 milhões de usuários únicos e um crescimento de 281% no tempo de consumo desde 2019. Esse aumento expressivo na demanda exige que os operadores estejam prontos para oferecer serviços de alta qualidade e conformidade desde o primeiro dia.
Além disso, a projeção da Gross Gaming Revenue (GGR) para o mercado brasileiro é de R$29 bilhões em 2026, o que reforça a necessidade de uma entrada rápida e eficiente no mercado para aproveitar as oportunidades de crescimento.
Componentes técnicos essenciais para a operação
Para atender às exigências regulatórias e às expectativas dos usuários, os operadores devem considerar os seguintes componentes técnicos em suas plataformas:
* Plataforma PAM (Player Management): Sistema centralizado para gerenciamento de contas de jogadores, transações financeiras, bônus e promoções, com capacidade de integração com outros sistemas e conformidade com as exigências da SPA.
* Integração com provedores de jogos e sportsbooks: Capacidade de oferecer uma ampla variedade de jogos e apostas esportivas, com integração eficiente e segura com diversos fornecedores.
* Gateway de pagamento: e a métodos de pagamento locais, como Pix, com funcionalidades de split de pagamento e conformidade com as regulamentações financeiras brasileiras.
* Módulos de compliance e segurança: Ferramentas para KYC (Conheça Seu Cliente), prevenção à lavagem de dinheiro, monitoramento de atividades suspeitas e garantia de Jogo Responsável.
* Infraestrutura escalável e resiliente: Capacidade de lidar com picos de tráfego e garantir alta disponibilidade e desempenho, especialmente durante eventos esportivos de grande porte.
Estratégias para uma entrada rápida e eficiente
Diante da complexidade do ambiente regulatório e da alta demanda do mercado, os operadores devem adotar estratégias que permitam uma entrada rápida e eficiente no Brasil, como:
* Parcerias com fornecedores locais: Colaboração com empresas que já possuem experiência e conhecimento no mercado brasileiro ou no que desejam atuar, facilitando a adaptação às exigências locais.
* Adaptação da experiência do usuário (UX): Desenvolvimento de interfaces e funcionalidades que atendam às preferências dos usuários brasileiros, como e a dispositivos móveis e métodos de pagamento locais.
* Automatização de processos: Implementação de sistemas automatizados para onboarding de usuários, verificação de identidade, monitoramento de atividades e geração de relatórios para a SPA.
* Treinamento e capacitação de equipes: Investimento na formação de equipes técnicas e operacionais com conhecimento das regulamentações e práticas do mercado brasileiro ou latino-americanos, inclusive ao se tratar dos times de atendimento, com e no idioma local, isso faz a diferença.
Esteja preparado para não perder oportunidades
O mercado brasileiro de iGaming apresenta oportunidades significativas para operadores que estejam preparados para atender às exigências regulatórias e às expectativas dos usuários. A entrada em vigor da Lei nº 14.790/2023 estabeleceu um novo padrão para o setor, exigindo que os operadores estejam tecnicamente preparados e operacionais em um curto espaço de tempo.
Aqueles que conseguirem alinhar conformidade regulatória, excelência técnica e agilidade operacional estarão mais bem posicionados para aproveitar o crescimento do mercado e conquistar a confiança dos jogadores brasileiros.
Preparação é vantagem — e o tempo está correndo
Como vimos no artigo anterior, o sucesso em mercados regulados começa com uma base sólida: um PAM robusto, certificado e pronto para operar. Mas ter o sistema certo é apenas o ponto de partida.
Neste artigo, mergulhamos nos desafios e oportunidades específicas do Brasil. Ser rápido, sim — mas também estar preparado para atender a um mercado que exige compliance técnico, integração nativa com meios de pagamento, segurança jurídica e fluidez operacional. E tudo isso só é possível com uma estrutura confiável, pensada para o Brasil.
Mas ainda há muito a considerar para garantir o sucesso no longo prazo. E é justamente o tema do próximo artigo: porque tecnologia local e conhecimento regional são diferenciais decisivos em um mercado tão singular quanto o brasileiro.
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André Neves
COO da Salsa Technology. Com sólida experiência em operações, produto e tecnologia no setor de iGaming, André lidera as áreas estratégicas da empresa com foco em performance, escalabilidade e excelência operacional. É referência no mercado latino-americano por sua atuação prática, visão analítica e liderança em ambientes regulados.