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JUE 22 DE MAYO DE 2025 - 15:06hs.
Roger Amarante, cofundador e CFO da S8 Capital

Cenário iGaming e bets: a necessidade de profissionalização do mercado 1o283u

Mais de R$ 1 bilhão mensais ainda circulam no mercado ilegal de apostas no Brasil, 60% do setor. O segmento regulado enfrenta o desafio de ser mais competitivo, oferecendo qualidade, design e experiência. Para superar a informalidade, precisa comunicar-se de forma proativa, ocupar espaço público e elevar sua proposta de valor. “A regulamentação é só o começo; é preciso construir uma indústria legítima e irada”, afirma Roger Amarante, cofundador e CFO da S8 Capital, em artigo para o GMB. 68165c

O dado é brutal: mais de R$ 1 bilhão por mês ainda circula no campo ilegal de apostas no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável. Isso representa 60% do setor. Mas talvez o dado mais incômodo nem seja esse, mas o porquê do mercado regulado ainda não conseguiu ser mais desejável. 

Uma das hipóteses é a de que ele ainda não tenha sido capaz de se tornar competitivo o suficiente. Não na sua estrutura jurídica, nem na sua intenção regulatória, mas na execução como produto, serviço e experiência.  

A informalidade sempre foi habilidosa nisso. Não precisa convencer ninguém de que é atrativa, porque já nasce próxima, ível, familiar. A fatia do segmento legalizado ainda está buscando seu lugar.

Não é que o mercado regulado deve se flexibilizar a ponto de perder sua integridade. Muito pelo contrário, o setor precisa competir em qualidade, em design e em experiência. Precisa ser melhor em tudo e assim se tornar desejável.

E mais: precisa ser vocal. Temos de parar de falar apenas entre as entidades e empresas envolvidas. Enquanto 60% da receita continua fluindo em silêncio por canais ilícitos, há um risco de normalizar o que deveria ser um problema urgente.

O setor precisa sair da postura reativa e ar a ocupar mais espaço na opinião pública. Tem que incomodar, provocar, propor. O silêncio confortável de quem está fazendo o dever de casa não constrói mercado. Construí-lo exige visão, narrativa, consistência, coragem e (muita) comunicação.

A regulamentação em janeiro foi um marco, mas ela sozinha não transforma o setor. O que irá provocar mudanças consideráveis é a capacidade do setor regulado se posicionar como uma indústria legítima, eficiente e irada. Se o informal ainda lidera, é sinal de que a formalização não está sendo suficiente como proposta de valor. É hora de elevar a régua.

Enquanto olharmos apenas para a ilegalidade como um problema externo, vamos continuar errando na estratégia. O desafio não é coibir o que está errado. É tornar o certo indiscutivelmente melhor e atrativo.

Roger Amarante
Cofundador e CFO da S8 Capital