Games Magazine Brasil – Qual é sua avaliação sobre o BiS SiGMA Americas deste ano?
Alessandro Valente – Sem dúvida nosso evento já está consolidado. Hoje é o maior da América Latina, só perdendo, talvez, para o de Las Vegas que tem o maquinário todo e acaba realmente contemplando mais espaço. O ano que vem com a possível legalização e regulamentação do jogo físico, esperamos crescer e nos tornar o maior das Américas, senão dá América Latina.
A ideia é ampliar o BiS SiGMA para que abranja também o land based?
Ainda é cedo, pois temos apenas expectativas. Mas o plano existe, se o Transamérica permitir. No ano ado pedimos e conseguimos para 2025 dois pavilhões extras. Para 2026 a meta é ampliar ainda mais o evento.
Além do evento em si, temos como novidade o processo de fusão da Super Afiliados e Eightroom/Vpag. Como CEO da Super Afiliados, o que você pode fazer desse novo momento para a empresa?
O Victor [Maltone] é um amigo de muitos anos e a gente vem namorando a ideia desde 2015 e muitas outras ideias. Agora decidimos que era o momento, diante do mercado regulado no Brasil. Ele tem várias coisas para contribuir e eu também. Então, essa união das duas expertises acaba gerando um negócio muito bom para o afiliado e para o operador. O afiliado terá ainda mais respaldo, assim como o operador, especialmente em temas como compliance, treinamento e recrutamento adequado de profissionais. A fusão vai ser muito legal e ‘vai dar bom’.
Como os afiliados e operadores reagiram a essa impactante notícia?
Por enquanto eu só tenho recebido mensagens positivas, parabenizando e alguns querendo saber o que aconteceu, afinal porque éramos quase que concorrentes. Eles tinham uma área de afiliação e nós, na Super Afiliados, éramos focados só em afiliação. Tenho explicado a todos que isso é um processo natural.
Os processos de M&A estão acontecendo e é uma palavra de ordem no Brasil?
É o tempo todo e isso vem por conta deste momento de consolidação do mercado e dessa onda toda que está acontecendo. Avalio como um processo natural para manter a indústria mais unida do que separada.
Esse processo vai continuar? Vimos recentemente a fusão da Paag com o banco BS2. Virão mais?
Claro, muitos mais. Muita gente, por exemplo, do mercado financeiro, os investidores, os venture captures olhavam para nosso mercado, mas um pouco ainda temeroso. Agora tem um cenário jurídico bacana. Ou seja, a gente tem um cenário. Antes só havia uma expectativa de cenário. Entramos no momento em que a gente pode dar mais segurança para o investidor. Ele vai comprar uma ação no Brasil e não em um outro país qualquer. Virá muita coisa por aí.
Voltando ao tema do land based. Tivemos no BiS SiGMA painéis interessantes, como o que reuniu o Alex Pariente, do Hard Rock, e o senador Irajá. Qual foi o recado deles para o mercado em termos de expectativa com relação à legalização dos jogos físicos?
Acho que foram duas as grandes pautas do evento. A primeira é a questão de Jogo Responsável e compliance, diante do mercado regulado, sobre o que tem de ser feito. A segunda é justamente a questão do jogo físico, que precisa sair do papel e se tornar uma realidade. A gente não pode ficar para trás em mais esse tópico. O jogo online já se prova muito lucrativo para o país. Eu soube que a arrecadação – agora a gente sabe, porque é transparente – que ela foi em torno de R$ 1 bilhão no primeiro trimestre de 2025. Entrou isso na economia, mais outros R$ 2 bilhões de taxas de outorga, além daquelas que ainda estão por vir.
Não podemos deixar de citar ainda a geração de empregos e os investimentos das empresas que estão abrindo seus escritórios no Brasil e não só operadores, mas provedores de plataformas, jogos e de tecnologia. Entre os exemplos, cito a Sportradar, que deverá contratar 20 ou 30 pessoas. E agora é a vez dos cassinos físicos. O movimento, na minha opinião, foi correto. Cassino online primeiro e agora o cassino resort
Fonte: GMB
